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Meu jardim!

rego minha alma como rego flores,
cuidando para que brote, cresça, evolua.
resgato amores antigos e os faço no presente,
para que germinem, encantem, se perpetuem.
aro a vida semeando laços para que floresçam
e, assim, possa fazê-los meus.
necessito de abraços, de pétalas aveludadas que disfarcem os espinhos,
as decepções enfrentadas.
necessito da linguagem dos poetas,
de uma minha poética,
do cuidar deste jardim meu,
da falácia dos eu's,
da espera alcançada.

por dhalila nogueira.
foto: indira bastos.




A Final o que é plágio?

No âmbito social são diversas as definições existentes a respeito do plágio. Segundo o Dicionário Prático da Língua Portuguesa, tal atitude é considerada como: “2. cópia de obra de outrem”. Carecido ao episódio do constante crescimento deste, cada vez mais são desenvolvidas políticas que asseguram esta prática de plagiar como crime e condicionante da perda da originalidade do produto textual e da não utilização de uma intelectualidade própria, se baseando na questão da comodidade e da não produção. Todavia, a conceituação de plágio se apresenta, ainda, fragmentada devido à abordagem que se desenvolve frente ao termo cultura, por esta vim a seguir um padrão determinado no espaço com base em estágios e atuações sociais.



Segundo a Professora Sonia M. R. Vasconcelos no seu artigo “O plágio na comunidade científica: questões culturais e lingüísticas”: “o conceito de plágio ainda é bastante difuso para pesquisadores de diversos países. Na verdade, não só o conceito como também as relações que se estabelecem com tal prática decorrem de um viés cultural importante.” Pode-se considerar tal afirmação por existir variadas vertentes que se fazem presentes, indo das que julgam o ato de plagiar como sendo um crime norteador de problemas sociais até as que tem esta conduta, quando não realizada intencionalmente e/ou como paráfrase, ato de mudar algumas palavras de textos que não lhe pertencem, como não sendo um crime. Esses pontos tornam este um assunto de extrema relevância.



Se baseando em tal ocorrido, tem-se que a necessidade de considerar o plágio como crime parte de acontecimentos hediondos de apropriação de projetos de pesquisas científicas e entre outros temas em universidades diversas que desencadearam constrangimentos perante a sociedade em questão e à perda de prestígios e respeito. De acordo com a definição internacional do plágio: “mudar algumas palavras de uma frase de outrem e incorporá-las no texto em construção configura plágio”. Sob essa definição são levantadas as desonestidades acadêmicas e as questões éticas. Quando se refere a este tipo específico de desonestidade se busca o alerta social por essa quando em forma de atentado generalizado ser condicionante para a deficiência na educação e no crescimento desenvolvimentista do país. A ética se faz presente no que diz respeito ao papel das universidades em não somente formarem estudantes habilitados para suas referidas profissões, mas, também em afeiçoar á integridade e oferecer, assim, à sociedade seres pensantes vertidos em originalidade e, sobretudo, éticos.



Contudo, tomando como base os grupos que não enxergam, por exemplo, a paráfrase como fraude, possui-se, portanto, outra vertente a ser julgada e considerada para o desenvolvimento de uma análise crítica e minuciosa deste assunto. Para as convicções chinesas, “as palavras e idéias pertencentes à cultura e à sociedade devem ser compartilhadas entre os indivíduos”, dessa maneira quando estas se encontram disponíveis online passam a, de certa forma, pertencer a quem utiliza delas como base, complemento, ligação e/ou mesmo referência para a construção, finalização e incremento de seus manuscritos. Sob este aspecto pode-se compreender em partes o porquê do crescente número de atitudes vinculadas a tal assunto, por não se ter conhecimento e/ou reconhecimento deste feito como plágio, sendo que na maioria das vezes o indivíduo se apropria de idéias e de fragmentos por inocência, descuido ou desconhecimento de que este é por muitos e por diversas vezes considerado como roubo.



A comodidade proporcionada pelo avanço tecnológico se faz presente nas universidades como alternativas para os que se encontram em desespero, em fases de não criatividade e mesmo precários de tempo para a realização apropriada e devidamente efetivada de trabalhos textuais em sua totalidade. Parte-se do princípio que pelo fato de o plágio ser considerado como roubo, em sua maioria, as pessoas não são possuidoras de conhecimento e capacidade da realização destes. Todavia, a generalização em tal tema se apresenta ineficaz, afinal, existentes diversos perfis de universitários. Não cabe enumerar aqui estes perfis, contudo, se se busca pela diminuição desses eventos e por alternativas que condicionem o mesmo é considerável a dificuldade em se distinguir os variados casos perante leis.



Destruir e desarticular este assunto sob tais circunstâncias torna-se ponto de protuberância no âmbito social e acadêmico. Fazer dos alunos universitários conhecedores de que o plágio é tido como roubo, em sua maioria, e sobre os códigos de penalidade que o circundam é de suma importância, vindo a o assegurar melhor por meio da obrigação de assinatura das produções textuais. Outra possibilidade é a realização de medidas duras e efetivas, apesar de que elas existem, mas, não são aplicadas ou se são não se baseiam nos códigos, que pregam primeiramente em zerar textos ou trabalhos com tais características. Tem-se, portanto, um papel de grande valor da universidade na sociedade e dos professores nas universidades, por ambos desempenharem um papel crucial no que se diz respeito à ampliação de elementos que incentivem a honestidade e que combata atitudes errôneas e a omissão, que ironicamente promove a fraude.



Autora do texto: Dhallila Nogueira